O nome preguiça provém dos movimentos extremamente lentos desse mamífero, cujos antepassados, de porte gigantesco, viveram no pleistoceno. Apesar da extrema lentidão de seus movimentos em terra firme, a preguiça nada muito bem e, quando na água, pode desenvolver grande velocidade.
Preguiça é um mamífero desdentado da família dos bradipodídeos, cujas seis espécies existentes, reunidas em dois gêneros, Bradypus e Choloepus, estão na América tropical. Seus parentes mais próximos, as preguiças terrestres da América do Norte, estão extintos há muito. Com sessenta a setenta centímetros de comprimento e uma cauda curta e rudimentar, as preguiças têm os membros dianteiros mais longos do que os traseiros, com garras fortes e capazes de causar ferimentos.
Embora incluídas na ordem dos desdentados, junto com os tamanduás e os tatus, têm cinco dentes superiores e quatro ou cinco inferiores. As vértebras cervicais variam de seis a nove, às vezes dentro da mesma espécie. O pêlo é seco, áspero e acinzentado. Os olhos são voltados para a frente, o que lhes dá visão binocular, importante para a vida nas árvores. As orelhas são pequenas e o olfato apurado.
A mão de um dos gêneros de preguiça (Bradypus, que conta com quatro espécies) tem três dedos; as do outro (Choloepus, com duas espécies), apenas dois. Em geral silenciosas, mas capazes de emitir gritos agudos e aflitivos, as preguiças pouco descem ao chão. Ao se camuflarem nas árvores, servem de hospedeiras a muitos parasitas, entre os quais mariposas da família dos pialídeos e até uma alga, responsável pela coloração esverdeada da pelagem. Alimentam-se das folhas e brotos de diversas espécies, com marcada predileção pelos da embaúba ou cecrópia. Têm apenas um filhote por ano, após um período de gestação de quatro a seis meses. No Brasil ocorrem duas espécies, a preguiça-comum (Bradypus tridactylus) e a preguiça-real (Choloepus didactylus).